ANSIEDADE E ESTRESSE NA VIDA DOS ASSISTENTES SOCIAIS
Sabemos que a ansiedade é uma das enfermidades mais agressiva para a saúde mental e física, afetando a maioria dos profissionais e principalmente aqueles que estão na linha de frente das doenças sociais e públicas, causadas por ambientes inseguros. As emoções inatas causadas pela ansiedade e pelo estresse, causam prejuízos nas relações sociais, uma vez que essas emoções interferem na capacidade intelectual e nas potencialidades do indivíduo. Tornando-os frágeis, inseguros, ou seja, vulneráveis aos problemas.
Nesse conflito de ações, entre o que é certo ou errado, o que devo fazer ou não! As limitações, hierarquias, vigilância e poder, nos tornam cada vez escravos do sistema público e profissionais frustrados e doentes. Nos assistentes sociais, trabalhamos com todos os tipos de vulnerabilidades sociais, que nos desafiam nossas funções executivas e cognitivas, interferindo principalmente na tomada de decisões de uma ação.
O Assistente Social, em muitas situações, arisca sua própria vida, ao se inserir em um ambiente perigoso, inseguro. O acúmulo dos sentimentos mal resolvidos, com a intensidade elevada das ações e demanda, tem nos deixados mais doentes e frustrados. A ansiedade adoece nossa mente aos poucos e quando percebemos que não estamos mais aguentando, a profissão começa a ficar pesada e tudo aquilo que fazíamos com prazer começa a ficar torturante, nos direcionando para a zona do estresse.
É gritante, quando a desorganização da instituição, com excesso de poder, gera a instabilidade de seu trabalho. Você passa a perder o controle das suas funções e começa a se tornar tão frágil, quanto aqueles que necessitam de sua intervenção profissional. Começamos a sentir cansaço, ficamos desmotivadas, com dores pelo corpo todo, em muitos casos entrando em quadro depressivo.
Alguns profissionais passam a ser agressivos com os destinatários (Usuários) prestando serviços de má qualidade, comprometendo a profissão. Precisamos buscar ajuda profissional, fazer acompanhamento psicológico sempre que puder, aprender a lidar com as frustrações, pois quem necessita dos serviços, precisam de profissionais saudáveis, educados e sábios, para acolher e prestar todo auxílio possível. Profissionais doentes não consegue auxiliar quem precisa.
Cleia Machado